Esse assunto do diagnóstico de um quadro psicológico ainda é cheio de tabus e dúvidas. Traz muitos medos, desconhecimento e isso leva ao preconceito. É verdade sim que muito já se caminhou nesse sentido. Temos a internet e o dr. Google (não é?) que facilita muito o acesso à informação e à divulgação também. Isso é MUITO BOM. Mas como tudo na vida tem dois lados, nessa situação não é diferente.
A palavra TRASNTORNO, seja ele qual for depressivo, ansioso, bipolar, de personalidade ou qualquer outro assusta mesmo. A ideia de “doença” psicológica ainda carrega um peso e um estigma. Vamos refletir aqui quatro pontos sobre isso pra ajudar a ampliar nosso modo de ver as coisas? Ok?
1- Ninguém é por inteiro um transtorno ou “doença”. Ninguém é só “transtorno”! Isso não define você e nem ninguém. Gosto muito da ideia mosaico. Sabe aquele desenho feito por vários pedacinhos que quando você olha de longe vê o todo e quando se aproxima vê ali que ele é composto por um monte de quadradinhos? Nós somos assim: feito por vários pedacinhos. Alguns saudáveis outros nem tanto. Mas não podemos nos definir ou definir alguém por conta de um pedacinho.
2- Dar nome ao que se passa é importante para você entender melhor aquele fenômeno, reconhecer os sintomas de determinado quadro e como ele interfere em seu modo de pensar, sentir e agir. Isso é um componente importante para a regulação daquilo que te incomoda. Pensando que a depressão da Beatriz não é igual a depressão da Mariana. Podem ter o mesmo diagnóstico, porém as pessoas que os apresentam são diferentes e por isso a manifestação dos sintomas podem ocorrer de maneiras diferentes.
3- Então, o diagnóstico ajuda o paciente para que ele compreenda melhor o que se passa com ele e ao psicólogo para poder trabalhar em cima do plano terapêutico daquele paciente. Pensando que o diagnóstico não é para enquadrar e engessar alguém em um formato aprisionando em um rótulo X ou Y. O psicólogo e o paciente precisam estar sempre atentos da que aquele ponto é um pedacinho do mosaico e não o todo. Se não, ao invés de libertar e auxiliar ele aprisiona.
4- Pra finalizar, vou falar sobre um conto do Machado de Assis chamado O Alienista que foi publicado em 1882, há mais de um século e é super atual (no meu ponto de vista, claro!). Ele conta a história de um médico psiquiatra que se muda para uma cidade do interior e lá começa a observar os moradores. Nessas observações ele vai identificando cada um ali e vendo que eles tinham “transtornos”. Quem recebia um diagnóstico era enviado para um lugar chamado Casa Verde. Conclusão: depois de um certo tempo, todos já tinham seus “rótulos” e não sobrou ninguém.
Sabe aquele ditado popular? DE PERTO NINGUÉM É NORMAL. É bem por aí! (rsrsrsrsrs)
Vou finalizar com uma frase da grande psiquiatra Nise da Silveira:
"Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura."
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Beijos!!!!
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