Durante essa semana, tive uma conversa um tanto quanto filosófica com um paciente durante a sessão.
Falávamos sobre costumes, hábitos, cultura e como somos influenciados pelos meios sociais, dentre eles o local onde se vive e as pessoas que nos cercam. Ao ponto de, muitas vezes, não conseguirmos identificar de fato, se nossas escolhas nos representam.
Ficamos pensando se essas escolhas eram livres/neutras e em como/quando exercemos nossa liberdade. Entramos em um questionamento bem legal sobre a existência da liberdade (logo eu que nem gosto desses assuntos, pra não dizer o contrário, rsrs).
Daí, chegamos em um assunto bem interessante que é o condicionamento. Mais precisamente, o condicionamento social.
Condicionamento social é o processo pelo qual todos nós indivíduos passamos para aceitar e incorporar determinadas noções preconcebidas, crenças, padrões de comportamento, reações emocionais e toda uma gama de comportamentos.
Ainda bem que ele existe, pois senão, grande parte de nossa vivência em sociedade seria dificultada.
Até aí, tudo bem. O problema é quando ele engessa nossos pensamentos, nossas crenças sobre nós mesmos e limitam nosso modo de vida roubando-nos o sentido. É aí que mora o perigo!
Não vou me aprofundar tanto.
Mas para você refletir também e ver como o condicionamento social pode influenciar em suas escolhas e comportamento, vão aqui algumas perguntinhas e afirmações que ouvimos ao longo do nosso desenvolvimento:
- Engole esse choro.
- Homens não choram?
- Mulher no volante é perigo constante?
- Você não serve pra nada!
- Filho de peixe, peixinho é?
- Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura?
- É impossível comer um só!
- Deus ajuda quem cedo madruga?
- Limpa seu prato! Tem muita gente que não tem o que comer.
- Você não faz nada direito!
- Para afogar as mágoas, só uma mesa de bar.
- Pau que nasce torno nunca se endireita?
E por aí vai...
Reflexões que não param por aqui! Reflita aí também e me conta o que acha dessa história.
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